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Um dos detidos, confirmou o ministro do Interior, Jorge Fernández Díaz, é o padre Roman, de 61 anos. É apontado como o líder do clã dos Romanones – uma designação escolhida por causa do seu nome – diz o El País. Os juízes de Granada investigam, no total 12 pessoas, entre clérigos e leigos, que um professor universitário, de 24 anos, denunciou como membros de um grupo que praticam abusos sexuais contra menores, dos quais ele próprio foi alvo, entre os 13 e os 17 anos.
O denunciante escreveu ao Papa Francisco para contar como entrou em contacto com este grupo aos sete anos, por ser acólito na missa da paróquia de San Juan María de Viannei, em Granada, onde fez a catequese e a comunhão. Era ali que os Romanones recrutavam crianças para o que parecia funcionar como uma seita que tinha o sexo no centro das intenções, com orgias e masturbações colectivas frequentes, segundo o relato que faz e é citado pelo El País.
“O amor é livre e eleva o espírito”, era a máxima proclamada pelo líder desta organização, segundo o denunciante, que hoje é supranumerário da Opus Dei – faz parte desta ordem religiosa católica, mas não está obrigado ao celibato.
Nesse telefonema, o Papa pediu-lhe “perdão em nome da Igreja de Cristo”, por este “gravíssimo pecado e gravíssimo crime”. A boa recepção que encontrou no Papa encorajou-o a fazer denúncias à justiça espanhola.
Daniel foi convencido pelo líder dos Romanones a ir viver com eles aos 17 anos. Mas passado algum tempo, afirma, “descobri a grande farsa que este homem montou.” Nunca pôde dormir sozinho. “Nunca tive cama própria na casa paroquial, tinha de dormir todos os dias na sua cama.” Nem dormiu sozinho nas outras 19 casas – muitas delas imóveis de luxo – às quais ia com os outros Romanones nos