Apostila de modelo atômico
A EVOLUÇÃO DO MODELO ATÔMICO
De Leucipo (450 a .C.) a Dalton (1808 d.C.)
Por volta de 450 a . C., o filósofo grego Leucipo afirmou que a matéria podia ser dividida em partículas cada vez menores. Mas haveria um limite? Chegar-se-ia até uma partícula que fosse indivisível?
Leucipo sugeriu que essa divisão teria um limite. Demócrito, discípulo de Leucipo, defendeu a idéia do mestre e anunciou a sua convicção de que a menor partícula de qualquer classe de matéria era indivisível e denominou essa partícula de átomo ( que em grego significa "indivisível"). Segundo Demócrito, "as únicas coisas que existem são os átomos e os espaços vazios entre eles; tudo o mais é mera opinião".
Muitos filósofos gregos riram de Demócrito. Como iria existir algo que fosse indivisível? Para alguns poucos, no entanto, essa idéia fazia sentido. Um deles foi Epicuro, um mestre que, apesar de renomado, não conseguiu convencer a maioria dos seus contemporâneos.
Nos anos 60 a . C., o poeta romano Tito Lucrécio Caro escreveu um longo poema intitulado De
Rerum Natura (Sobre a natureza das coisas). Essa obra teve tanta repercussão que por seu intermédio o mundo teve o conhecimento exato das idéias de Demócrito.
Robert Boyle, o químico que estabeleceu o conceito de elemento químico com base experimental, defendeu as idéias de Demócrito em seu livro Sceptical chemist. De Leucipo a Boyle, ou seja, durante aproximadamente 2 000 anos, houve muitos seguidores da teoria da partícula indivisível, mas a maioria jamais aceitou essa idéia. "Partícula indivisível? Que absurdo!"
No final do século XVIII, Lavoisier e Proust iniciaram experiências relacionando entre si as massas das substâncias participantes das reações químicas. Surgiram então as leis ponderais das reações químicas
(Lavoisier, Proust, Dalton e Richter) e, para explicá-las, em 1808 foi proposta a teoria atômica de Dalton.
Segundo o modelo de Dalton, também conhecido como modelo da bola de bilhar, o átomo é uma