Comunicacao
A deficiência de piruvato quinase é uma doença autossômica recessiva e é um dos defeitos enzimáticos mais comuns do eritrócitos. A enzima piruvato quinase cataliza a conversão de fosfoenolpiruvato em piruvato, sendo essa uma das duas reações glicoliticas nos eritrócitos que resultam na produção de ATP. Alterações nesse enzima levam a uma discrepância entre a energia necessária para os eritrócitos e a capacidade de geração de ATP, produzindo uma lesão irreversível da membrana e resultando em distorção celular, rigidez e desidratação. Isso leva a destruição precoce dos eritrócitos pelo fígado e baço.
As principais características clínicas da deficiência de piruvato quinase são esplenomegalia, anemia hemolítica não esferocítica hereditária, cuja severidade varia de anemia discreta compensada a anemia severa, e icterícia.
A piruvato quinase é codificada pelo gene PKLR e mutações neste gene podem ter como alvo regiões distintas da proteína, inclusive interfaces de domínio e sítios catalíticos e alostéricos, que têm efeitos variáveis na termoestabilidade da enzima, na eficiência e nas propriedades reguladoras.
Diferentes mutações missense (R132C, T353M, T384M, Q421K, R479H, R510Q, G37E, R486W, S130Y), splicing (1318 G>T, 1269 G>A) e em zonas reguladoras (-83 G>C), bem como pequenas deleções (823delG) no gene PKLR foram relatadas como mutações causadoras da doença.
Deficiencia de piruvato quinase
A deficiência de piruvato quinase altera o processo metabólico da via de Embden-Meyerhof, causando anemia hemolítica de grau discreto a moderado. A maioria dos casos descritos na literatura mostra maior prevalência nos povos do nordeste da Europa, apesar disso é amplamente distribuída em todas as regiões do mundo. A forma de herança genética é do tipo autossômica recessiva, com várias formas de mutantes caracterizadas por diferentes genótipos diferenciados eletroforeticamente. A Maioria das pessoas com anemia hemolítica por