Apostila Capital de Giro
Apostila de
Administração do
Capital de Giro
Professor: Murilo Castellano, Msc
I.
Introdução
As principais teorias financeiras, desde a publicação do artigo Portfolio Selection de Harry
Markowitz, consideram um mercado ideal líquido por natureza e postulam que o agente econômico pode tomar ou emprestar recursos à taxa livre de risco. Por mais sofisticadas que sejam estas teorias (e são sofisticadas e mereceram as premiações que receberam!) não conseguem explicar na prática, sobretudo com relação à nossa realidade brasileira, como que um Empresário ou Gestor deveriam lidar com a questão dos fundos ou recursos de curto prazo. E sabemos, da prática, que a empresa tem que se preocupar com o seu lado econômico
(lucro, patrimônio) e com o seu lado financeiro (suficiência dos fundos de curto prazo para fazer frente às necessidades correntes). E os recursos de curto prazo não forem bem geridos talvez ela não experimente o longo prazo. Neste texto abordamos os recursos de curto prazo bem como a sua interação com a liquidez e a rentabilidade da empresa. Indicamos um método para se administrar a solvência da empresa bem como de suas contas a receber e a pagar.
I.
Ativo Circulante (Capital de Giro) e Capital Circulante Líquido (Capital de Giro Líquido)
Ativo Circulante:
Disponibilidades (caixa, bancos, títulos para negociação imediata); Valores a receber no curto prazo (duplicatas, contas e aplicações no curto prazo); estoques (material em geral, embalagens, produtos em fabricação e produtos acabados) e despesas diferidas (valores já pagos mas ainda não apropriados como despesas porque os serviços ainda não foram prestados). Esses itens são facilmente conversíveis em dinheiro e normalmente tem o prazo de até um ano. Entretanto, para algumas empresas com ciclo operacional mais longo do que um ano, o ativo circulante tem a maturidade do ciclo operacional. Exemplo: estaleiro de navios.