Aporte teórico
A necessidade de medir é quase tão antiga quanto à necessidade de contar. O homem ao construir casas, no desenvolvimento da agricultura, precisou criar jeitos de se fazer medições.
O fato é que todas as culturas, independentemente de um processo de escolarização, fazem uso de medidas. Isso significa dizer que as crianças ao iniciarem seus estudos formais já tiveram contato com grandezas e seus correspondentes instrumentos de medida. Então, a questão reside em como fazer com que o conhecimento das grandezas e medidas adquira significado para os alunos.
Uma das funções primordiais da matemática é colocar o aluno em contato com distintas linguagens, o que inclui as primeiras noções de grandezas e medidas. As atividades que abrangem o conceito de medida só adquirem sentido de medir quando os estudantes participam ativamente de situações que determinam comparações, ou seja, quando são solicitados a contar de forma organizada, analisar o objeto que está sendo medido com relação a suas propriedades de tamanho e forma, para que enfim consigam realizar e registrar suas decisões (NUNES, PAZ e GUSMÃO, 2010).
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs, 1997), para o trabalho em sala de aula, é primordial que se inicie com experiências próximas ao aluno utilizando medidas não padronizadas, para que posteriormente sejam ensinadas às crianças as medidas padronizadas. Devemos mostrar que podemos utilizar um lápis, um pedaço de barbante como instrumentos de medição e que podemos medir a superfície de uma mesa com pedaços de papéis, etc. Logo após, mostraremos a elas que existem instrumentos os quais os auxiliarão nesse processo de medição, como exemplo: a régua, trenas, fitas métricas, etc. As atividades desenvolvidas em sala de aula nem sempre proporcionam condições para desenvolver o pensar teórico sobre o processo de medição, pois já indicam o que deve ser medido e impossibilita que o aluno veja outras grandezas associadas ao objeto.