Apologia de Sócrates
A obra está estruturada sob a forma de diálogo, iniciando-se com a acusação feita por Meleto pelos poetas, acompanhado de Ânito pelos artífices e Lícon pelos oradores. Sócrates durante todo o julgamento é responsável por sua própria defesa Ele recusa-se também a fazer o teatro que era feito pelas pessoas julgadas naquela época, que levavam os filhos, mães e familiares em geral para apelar ao lado emocional dos juízes. Meleto é o único na obra a falar durante a defesa de Sócrates, caindo em contradição sobre a natureza da acusação feita ao filósofo, afirmando num momento que este pregava o ateísmo, e em outro, que acreditava em semideuses. Ao longo da obra, Sócrates logicamente se concentra em uma argumentação contrária a seus adversários, que em alguns momentos se torna pessoal. O filósofo responde a seus adversários por refutação, tentando invalidar as teses opostas à sua. Ele ainda irá retroceder ao passado para reforçar a sua argumentação de defesa na tentativa de esvaziar a acusação.
A tese defendida pelo filósofo, em resposta às acusações, é a de que nada mais fazia do que filosofar. A sua teoria era a de que não havia quem pudesse dizer-se prejudicado com seus ensinamentos. Os seus argumentos, recheados de ironia, faziam corar os acusadores. quando ele e acusado por Meleto em contradição ao dizer que Sócrates não acredita nos Deuses e ele diz:
- mas como posso não acreditar nos Deuses e acreditar nos demônios que também são uma espécie de Deuses, por serem filhos bastardos de ninfas e Deuses. Seria como acreditar em coisas humanas mas não nos homens. pela força dos argumentos ficavam sem palavras para prosseguir na acusação. Por isso, a contra-argumentação, ou seja, as razões contrárias à tese defendida, certamente não prevaleceriam