Apoio para docentes - relacionamento intrapessoal
Texto: A surpresa - Clarice Lispector Olhar-se ao espelho e dizer-se deslumbrada: Como sou misteriosa. Sou tão delicada e forte. E a curva dos lábios manteve a inocência. Não há homem ou mulher que por acaso não se tenha olhado ao espelho e se surpreendido consigo próprio. Por uma fração de segundo a gente se vê como a um objeto a ser olhado. A isto se chamaria talvez de narcisismo, mas eu chamaria de: alegria de ser. Alegria de encontrar na figura exterior os ecos da figura interna: ah, então é verdade que eu não me imaginei, eu existo.
Reflexão: - Qual a relação entre autoestima e desempenho profissional? - Como fazemos para descobrir nossas potencialidades? - O que fazemos com as características pessoais que não gostamos? - E com as características que gostamos? - Eu sei como sou vista por outras pessoas?
VERBO SER
Que vai ser quando crescer?
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, cabe tantas coisas.
Repito: Ser, Ser, Ser...
Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser. Esquecer. (Carlos Drummond de Andrade)
Reflexão: Quem eu sou? O que espero para o meu futuro e o que faço no presente para que isso ocorra? Quais são as minhas motivações para que eu alcance o resultado esperado?