Aplicações práticas da ergoespirometria
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Aplicações Práticas da
Ergoespirometria no Atleta
Dr. Turibio Leite de Barros Neto,
Dr. Antonio Sergio Tebexreni,
Dr. Vera Lucia Tambeiro
Departamento de Fisiologia, Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte da UNIFESP/EPM, Universidade Federal de
São Paulo/Escola Paulista de Medicina, São Paulo, Brasil.
1. O USO DA ERGOESPIROMETRIA NA AVALIAÇÃO FUNCIONAL DO ATLETA
Tradicionalmente, o teste ergométrico ou stress testing, estuda a atividade elétrica do coração e suas repercussões clínicas, aferindo a adequação entre a demanda e a oferta de oxigênio ao miocárdio.
Considerando-se que, basicamente, a função do sistema cardiovascular e pulmonar é manter o processo de respiração celular e que uma maneira de se aferir essa função é através da análise do consumo de oxigênio (VO2) e
do gás carbônico produzido (VCO2), que por sua vez variam com a intensidade de trabalho realizado (20), a utilização de um teste de esforço no qual se consiga determinar o consumo de oxigênio e a eliminação de gás carbônico diretamente, reflete, em última análise, a integridade desses sistemas bem como suas adaptações durante a realização de um exercício.
Esse teste, denominado de cardiopulmonar, cardiorrespiratório ou ergoespirométrico traz, na realidade, informações a respeito da integridade de todos os sistemas envolvidos com o transporte de gases, ou seja, não envolve apenas os ajustes cardiovasculares e respiratórios, mas também, neurológicos, humorais e hematológicos
(21).
Na prática, a grande utilidade do teste cardiorrespiratório é na determinação da capacidade funcional ou potência aeróbia, pela obtenção dos dois índices de limitação funcional mais empregados que são o consumo máximo de oxigênio e o limiar anaeróbio ventilatório, portanto, pode e deve ser utilizado para a avaliação de atletas, sedentários, cardiopatas, pneumopatas, etc.
Para a atividade física, seja para iniciantes ou