Aplicações industriais da Aspirina
O ácido acetilsalicílico (AAS), comumente conhecido como aspirina, é um medicamento mundialmente utilizado como analgésico e antitérmico. Suas propriedades medicinais são conhecidas desde o século V a.C.. O AAS era produzido a partir do ácido salicílico, extraído da casca do salgueiro branco (Salix alba). O ácido salicílico causava náuseas e vômito, por isso a necessidade de otimizá-lo a fim de diminuir os efeitos colaterais. Em 1897, o laboratório farmacêutico alemão Bayer conjugou o ácido salicílico com acetato, descobrindo uma substância que demonstrou ser menos tóxica. Esse processo foi considerado revolucionário, uma vez que foi o primeiro fármaco a ser sintetizado em laboratório na história da farmácia, e não extraído diretamente da natureza. Foi, também, o primeiro medicamento vendido em tabletes. Hoje em dia, é também o mais conhecido e vendido em todo o mundo. Atualmente, são consumidas 16.000 toneladas de tabletes de aspirina por ano apenas nos Estados Unidos. Esse produto, que levou a companhia Bayer a ser líder do segmento farmacêutico por anos, mesmo em um mercado altamente competitivo e com
inovações tecnológicas diárias, continua como líder absoluto de seu segmento. Para que a reação de síntese do ácido acetilsalicílico ocorra em tamanha dimensão, é necessária a presença de planos industriais executados por Engenheiros Químicos. Desta forma, os mesmos são importantes na reprodução e otimização das reações de síntese em escala industrial, tornando o processo o mais economicamente viável. O processo de síntese da aspirina consiste em tratar o ácido salicílico com anidrido acético em presença de ácido sulfúrico, que atua como catalisador (Figura 1). Técnicas como filtração a vácuo e recristalização podem ser empregadas.
Figura 1. Síntese do ácido acetilsalicílico a partir do ácido salicílico. A obtenção do ácido salicílico, não é mais realizada através de sua extração