Aplicação da teoria de totem e tabu sobre a tribo gótica
1) Introdução Este trabalho tem como objetivo abordar a teoria do Totem e Tabu na leitura do universo Gótico e a pesquisa que Sigmund Freud realizou com uma tribo aborígine para a análise de estágios primitivos de desenvolvimento psicossexual, originando os textos incluídos em Totem e Tabu: O horror ao incesto, Tabu e ambivalência emocional, Animismo, magia e onipotência do pensamento, e O retorno do Totemismo na infância. Quando Freud fez a interpretação destes indivíduos primitivos, constatou que estes não tinham interiorização de regras sociais tais como conhecemos ou de religião, mas incorporavam o incesto como regra para a organização social do clã. A Horda Primeva originou a primeira construção social, com regras e normas que foram sendo culturalmente assimiladas como natural ao humano sem ser no biológico, mas como fator cultural. As questões relacionadas ao Totem e Tabu foram então incorporadas no universo humano e este desenvolvimento possibilitou a construção de leis psíquicas e sociais na qual Freud apóia a o saber do inconsciente e seus complexos.
1.1)
Totem e Tabu - O horror ao incesto
Neste primeiro capítulo de Totem e Tabu, Freud baseia seu estudo sobre o incesto e a forma social de lidar com ele a partir da comparação entre as restrições feitas em tribos de povos primitivos e os neuróticos da época do seu estudo.
Freud aborda principalmente os aborígines australianos e reconheceu neles um estágio inicial do desenvolvimento da nossa própria sociedade, dita civilizada, bem como suas restrições quanto às relações sociais e sexuais (incesto) estabelecidas por eles.
O foco de Freud está na relação totêmica e na exogamia instituída por estes povos a partir desta “familiaridade” causada pelo totem e que quando desrespeitada era punida com a morte.
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Dentro destas restrições, Freud observou também regras existentes nas relações irmão-irmã, mãefilho, pai-filha, cunhado-cunhada, e, mais atenciosamente, a relação genro-sogra, que,