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Introdução
O surgimento dos leitores digitais é um divisor de águas na história da leitura e da escrita. Em parte, uma afronta a diversos jornais, livros e revistas, por concretizar um pensamento muito enraizado no início do século XXI: o fim da impressão está cada vez mais próximo.
É o fim das fronteiras e o início de uma era de consumismo, mercantilismo e linguagens universais. As imagens na televisão, no cinema, nas revistas, nos jornais, na internet e em diversos pontos podem ser facilmente decodificadas, pois já não são da complexidade do tempo da obra de arte. A própria arte deixa de ser inatingível e passa a ser mais acessível, possibilitando inclusão, enquanto é banalizada (LIPOVETSKY; SERROY, 2011).
É desse universo que emerge todo o sistema. Como explicam Lipovetsky e Serroy(2011, p. 71), ao mesmo tempo, é uma nova gramática que se estabelece e se caracteriza antes de tudo pela facilidade de acesso. Com efeito, os novos bens culturais são acompanhados por uma retórica da simplicidade, capaz de solicitar o menor esforço possível da parte pública.
Desde o final da década de 90 há o interesse na criação de livros eletrônicos (e-books) e de dispositivos de leitura para esse tipo de produção literária. Porém, somente com o lançamento do Kindle da Amazon em 2007é que houve um verdadeiro interesse por este novo tipo de mídia, o que levou à expansão do mercado de e-books no mundo todo, seja no lançamento de novas criações ou de versões digitais de livros já existentes em papel.
Com o surgimento dos tablets, em especial o iPad da Apple em 2010, os e-books ganharam um novo meio de leitura e, mais ainda, começaram a evoluir de modo a aproveitarem os recursos interativos disponíveis neste novo tipo de tecnologia. Assim, em abril de 2011, foi lançada a primeira plataforma de criação e publicação de e-books interativos.
Vemos que tais e-books