Aplicando o gênero HQ
Introdução
Muitas vezes o ensino de Língua Portuguesa não privilegia a história, o sujeito e o contexto, como pontua Travaglia (2000), centrando-se apenas no repasse de regras e na mera nomenclatura da gramática tradicional (Paraná, 2008).
A linguagem deve ser vista como fenômeno social, pois nasce da necessidade de interação do indivíduo. Bakhtin (1992) nomeou de gêneros discursivos ou textuais as situações que exigem mais ou menos formalidade, esta ou aquela formatação, etc. Os gêneros discursivos são situações comunicacionais que não são adquiridas em manuais nem em gramáticas, mas sim nos processos de interação locutor e interlocutor. (Machado, 2005)
1.1 O gênero H.Q.
O ensino da disciplina de Língua Portuguesa visa a formação de leitores competentes em todos os tipos e gêneros de textos em circulação social. A gramática deve soltar-se da metalinguagem e ancorar-se na Linguística e na Análise do Discurso. O professor também deve suscitar o prazer da leitura nos educandos, e o ponto de partida pode ser as Histórias em Quadrinhos.
1.2 Os memes
As pessoas conseguem reconhecer um, mas dificilmente sabem conceituá-lo. O termo, como o reconhecemos hoje, ainda é novo e um tanto inexplorado, todavia é a uma linguagem e um gênero de grande uso em redes sociais atualmente. Não possui uma estrutura fixa. Pode ser um quadro só, ou ainda uma sequência de dois, três, seis, quantos quadros forem necessários para se atingir o objetivo, que geralmente é provocar o humor. Aliando a imagens com frases curtas e impactantes.
Situação problema
Há muito se tem debatido a ineficácia do uso de textos da grande literatura para se promover o interesse à leitura, para se promover o debate, para servir de apoio ao professor de Língua Portuguesa no ensino da gramática. Zilberman (2005) salienta que é preciso antes construir a motivação e o hábito pela leitura. A construção de textos dentro dos moldes de gêneros consolidados como narrativas,