Aplicando os critérios de Capra à Ciências
O primeiro critério “A relação entre a parte e o todo é mais simétrica do que no anterior paradigma mecanicista clássico; acreditamos que as propriedades das partes só podem ser entendidas pela dinâmica do todo” se aplica perfeitamente a biologia. Por exemplo, o assunto “corpo humano” é trabalhado como matérias fragmentadas e não como um todo, ele é visto como sistemas (digestório, cardiovascular, respiratório). Como falar do cardiovascular sem explicar a interação do digestório e do respiratório? Pois sem esses dois, de nada serviria o cardiovascular, já que ele não teria o que carregar para as células. Do sistema digestório, adquirimos os nutrientes para as células e do sistema respiratório, captamos oxigênio, onde com a ajuda do cardiovascular, faremos as trocas gasosas. Para que o aluno tenha uma aprendizagem significativa, os sistemas deveriam ser relacionados ao longo do ano letivo e não apenas trabalhar ele em duas ou três aulas, como fazem a maioria dos professores.
O segundo critério “há uma mudança de pensamento, focalizando o processo mais do que as estruturas; pensamos que o processo é primário e que cada uma das estruturas observadas é uma manifestação de um processo subjacente”. Na Biologia, todas as estruturas derivam de um processo e estão intensamente ligadas umas as outras e cada processo originará um novo. Como por exemplo, a asa do morcego, a pata do cavalo e o braço humano, são estruturas que desempenham funções diferentes, mas por serem análoga originaram de um mesmo processo, nesse caso, um processo evolutivo.
O terceiro critério “contra o velho objetivismo, a observação e o observador fazem parte do fenômeno a ser explicado; acreditamos que a epistemologia – o entendimento do processo de conhecimento – tem de ser incluída explicitamente na descrição dos fenômenos naturais”. Acreditamos que isso se aplica a biologia em um exemplo bem clássico, o homem se ver a parte do meio ambiente, ele não