Aparelho De Urey E Miller
Stanley Miller, acreditando que a Terra primitiva era composta de amônia, metano, hidrogênio e vapor de água – segundo o modelo de Oparin - criou, em 1953, um dispositivo no qual tais compostos eram aquecidos e resfriados, além de submetidos a descargas elétricas, sob a supervisão de seu mentor Harold Urey. Esta foi uma tentativa de recriar o ambiente dessa época.
Com esse experimento, após uma semana, o jovem cientista conseguiu produzir aminoácidos e bases nitrogenadas, além de cianeto e formaldeído: a sopa prebiótica.
Tal resultado, publicado em 1953 na revista científica "Science", abriu portas para a crença de que a matéria precursora da vida poderia ter se formado espontaneamente, a partir destas substâncias. Tal ideia foi reforçada quando foi encontrado um meteorito, o Murchinson, que continha os mesmos aminoácidos, com a mesma proporção que se apresentavam no aparelho de Miller.
Em 1953, o químico Stanley Miller, juntamente com seu orientador Harold Urey, testou experimentalmente a hipótese de Oparin e Haldane (1930), com relação ao surgimento da origem dos organismos, a partir da matéria não viva. Utilizaram como pressuposto reações químicas envolvendo os gases que provavelmente compunham a atmosfera primitiva, resultando em moléculas orgânicas formadas em condições extremadas, simulando um ambiente anteriormente inóspito.
No aparelho laboratorial construído foram introduzidos os prováveis componentes em suspensão que constituíam a atmosfera primitiva da Terra: amônia (NH3), metano (NH4), hidrogênio (H) e vapor d’água (H2O), e adaptados instrumentos que ocasionaram descargas elétricas, aquecimento e resfriamento do fluido em um sistema fechado.
Dessa forma, a água ali presente, induzida à ebulição por um aquecedor, promove a circulação dos elementos em um único sentido, expondo continuamente a mistura gasosa a eletrodos que descarregam eletricidade, reproduzindo o efeito dos raios e tempestades vigentes na época.