A evolução dos organismos
A partir do princípio da seleção natural, ou sobrevivência dos seres mais adaptados, Darwin, que formulou a teoria da evolução em 1871, admitiu a existência de uma evolução orgânica por um processo lento e gradual, através das variações favoráveis e da eliminação das variações nocivas, permitindo, até mesmo, o surgimento de uma nova espécie.
Porém, o estudo sobre a evolução continuou progredindo e em 1953, Stanley L. Miller e Harold C. Urey, construíram um aparelho que simulava as condições da Terra primitiva introduzindo, nele, componentes inorgânicos que provavelmente constituíam a atmosfera terrestre naquela época (N2, CO, NH3, SO2, H2 e vapor d’água). O experimento envolvia água fervida, que se transformava em vapor, circulando por todo o sistema, juntando aos demais gases. Isso promovia descargas elétricas, que simbolizavam raios que, nos tempos primitivos, deviam ocorrer com muita freqüência. Após essas descargas elétricas, os materiais eram submetidos a resfriamentos, simbolizando a condensação da água e formação das chuvas. Através dessa análise, Urey e Miller, verificaram a formação de moléculas orgânicas, dentre elas, alguns aminoácidos formadores de proteínas.
Com base em outros experimentos, descobriram que as bases dos ácidos nucléicos se sintetizaram, também, nas supostas condições prebióticas. A adenina se forma por condensação de HCN, um componente que seria vasto na atmosfera prebiótica, em uma reação catalisada por NH3. As demais bases se sintetizaram em reações semelhantes que envolviam HCN e H2O. Os açúcares se sintetizaram por polimerização.
Através desses experimentos e após a conclusão de que, a princípio, a Terra possuía apenas moléculas inorgânicas e que, através destas, surgiram as moléculas orgânicas, foi atribuído o surgimento das primeiras células (ou primórdios das células) por vesículas, formadas por gordura (micelas) que são moléculas orgânicas e, estas, armazenavam moléculas inorgânicas.
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