Análise "O Corvo", Edgar Allan Poe
Este trabalho contém a análise do poema “O Corvo” de Edgar Allan Poe, na tradução de Machado de Assis. Poe foi um poeta e contista americano que fez parte do movimento romântico, suas histórias são conhecidas por sua temática macabra ou mórbida e é considerado o inventor do gênero ficção policial. Por ter vivenciado várias mortes sua obra também é repleta dessa temática, além do alcoolismo que também permeou sua vida até o fim. Poe é um escritor aclamado em todo o ocidente. “O Corvo” foi publicado em 1845 no jornal Evening Mirror onde o próprio escritor chegou a trabalhar e é o seu poema mais popular. O enredo trata dos delírios de um homem após a perda de sua amada que já à beira da loucura avista um corvo (tido como símbolo de mau agouro e de morte) em sua casa e começa a indagar-lhe sobre vários assuntos sempre tendo a resposta “nunca mais”. E assim passa a se lamentar amargamente pela perda de Lenora a qual amara e perdera. Ao fim do poema subentende-se que ele sucumbiu à loucura. O eu-lírico é o que podemos chamar de personagem redonda por conta de sua profundidade psicológica, ao início temos a impressão de que ele é apenas um homem com um pesar profundo mas ao começar a conversar com a figura do corvo inicia-se a dúvida acerca de sua sanidade. Já sabendo a resposta que a ave lhe daria ele começa a perguntar sobre sua amada que falecera o que acaba por aumentar ainda mais a sua dor. ” Essa que ora nos céus anjos chamam Lenora!/ E o corvo disse: "Nunca mais!" O autor não se limita a um único tipo de rima alternando entre rimas pobres “O som de alguém que batia levemente a meus umbrais./ ‘Uma visita’, eu me disse, ‘está batendo a meus umbrais.” a rimas ricas “Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro”
Um recurso também amplamente utilizado é a repetição de frases sendo que a mais recorrente é a própria fala d’o corvo: “nunca mais” que surte mais efeito no original inglês “nevermore” uma vez