Análise sobre a filosofia de Sócrates
Sócrates foi um homem simples, nascido em Atenas, filho de um escultor e uma parteira. Apesar de sua pobreza material, dedicou-se profundamente à busca do conhecimento na introspecção, na meditação e no ensino filosófico. Foi o primeiro filósofo a dizer que a Psicologia é o estudo da alma (intelecto), “razão pura”. Como não deixou nada escrito, o que se sabe sobre sua obra, são relatos feitos por seus principais discípulos. Tanto que muitas vezes seu discurso é confundido com as ideias de Platão. Sua filosofia de vida era “Conhece a ti mesmo”, na qual ele afirmava que o homem sábio é aquele que tem percepção da própria ignorância. Trazendo seu pensamento para a prática, percebemos que Sócrates vê no homem um ser que, através da introspecção tem a capacidade de se descobrir e atingir seu objetivo nesta existência. Apostando nisso ele procurou passar suas ideias, fazendo discursos na praça da cidade, a qual era chamada de Ágora. Usava a ironia, que na sua época significava pergunta, para mostrar aos seus contemporâneos o quanto estavam errados em seus saberes, que ele chamava de vícios de ignorância. Através de seus diálogos, mostrava que a constituição do sujeito se dá no modo que o mesmo se relaciona com a virtude, para construir a própria subjetividade, para se construir. De pergunta a pergunta Sócrates derrubava um por um dos conceitos dos interlocutores, fazendo com que reavaliassem suas convicções, partindo para a busca do autoconhecimento. Ação que ele denominou de Maiêutica, a qual tem conotação com o parto. Ou seja, era o nascimento das ideias novas que, segundo Sócrates, estavam o tempo todo com o sujeito esperando a introspecção para ressurgirem. Sua concepção de que o conhecimento nasce com os indivíduos, vem da crença que viemos do mundo das ideias, onde nossa alma transcendente vivia antes de nascermos. E no choque do nascimento, durante a passagem da transcendência para a imanência, acabamos por