Análise sobre "Os Lusíadas de Camões"
Canto I
Camões primeiramente começa a obra contando sobre a viagem de Vasco da Gama (personagem principal da epopeia), até as Índias. Sua narrativa começa em plena ação quando os portugueses já teriam deixado Portugal e se encontravam ancorados em Melinde, situada no Oceano Índico. Trecho interessante que mais do que nunca exalta os lusitanos encontramos na estrofe 1, no verso 4 “ Mais do que prometia a força humana...”, Camões engrandece os Portugueses pela coragem, porque foram além do que se esperava de homens, seres humanos. Clama a Tágides, ninfas do Tejo, para que pudesse escrever a obra com eloquência, estilo, pois seria um trabalho exigente e um auxílio superior seria necessário. “ E vós, Tágides minhas, ...Dai-me agora um som alto e sublimado, Um estilo grandíloco e corrente...” (estrofe 4, versos 1, 5 e 6). A narrativa inicia propriamente dita na estanca 20, os portugueses colocando em prática sua busca ao poder, riquezas e glórias mobilizando até mesmo o céu quando é marcado por Jupíter no Olimpo uma reunião com os deuses.
Estância: 20
“Quando os Deuses no Olimpo luminoso,
Onde o governo está da humana gente,
Se ajuntam em concílio glorioso
Sobre as cousas futuras do Oriente.
Pisando o cristalino Céu formoso,
Vêm pela Via-Láctea juntamente,
Convocados da parte do Tonante,
Pelo neto gentil do velho Atlante.”
Análise O momento mais interessante está num conflito que Camões imagina entre os deuses pagãos: Baco, Vénus e Marte. Os deuses entrariam em um concílio no Olimpo para decidir se Vasco da Gama chegaria ou não à Índia. O desenrolar dessa reunião é narrada até a estrofe 41, onde Júpiter decide ajuda-los e não voltar atrás em sua decisão. O conflito entre os deuses é claro,Vênus e Marte são a favor da tripulação chegar ao seu destino e no caso o único que rejeita a ideia é Baco, que mostra sua fúria no decorrer da história com medo de perder sua fama no Oriente.