Mercado Futuro
2 Origem e Evolução Histórica
Os mercados a futuro, cuja utilização no Brasil é relativamente recente, têm origens que remontam há séculos, a partir do próprio desenvolvimento dos mecanismos de trocas junto às civilizações mais antigas.
Na Grécia e na Roma antigas, os mercados já haviam atingido um elevado grau de institucionalização, com horário e local prefixados para negociação, sistema de escambo e de câmbio de moedas, além de um esquema de contratação para entrega futura. Nessa época, já existia a preocupação dos compradores em adquirir junto aos agricultores, as futuras colheitas a um preço fixo. Esse procedimento mostrou-se benéfico para ambas as partes e foi o embrião do mercado de entrega diferida de um bem. Na Idade Média, o conceito básico de negociações futuras foi inicialmente reprimido, devido ao total controle da produção e da comercialização pelos senhores feudais. Com o surgimento da burguesia, viu-se um novo impulso às técnicas de negociação de épocas anteriores.
A prática de mercados com locais e horários fixados e divulgados previamente ressurgiu, entretanto, através das feiras medievais, organizadas pelas primeiras associações de mercadores , artesãos e promotores de negócios, com o apoio de autoridades políticas. A Inglaterra logo se transformou num grande centro de comercialização, contribuindo para o estabelecimento de locais próprios para o comércio, ou