Análise Sistêmica do Setor de Serviços
O setor de serviços, também conhecido como terciário, foi tratado como um setor improdutivo até os anos 30 e 40 do século XX. Seu papel era apenas complementar aos setores primário e secundário, já que estes fornecem os produtos necessários ao setor terciário. Ao longo do tempo, o setor de serviços passou a ser motivo de estudos principalmente a partir de meados do século XX, devido aos aumentos na participação do produto do setor terciário no produto total dos países (BANCO MUNDIAL, 2011). Para Kon (1999), as atividades de serviços na economia mundial contemporânea facilitam as transações econômicas, proporcionando os insumos essenciais ao setor manufatureiro e permitindo efeitos “para trás e para frente” na cadeia produtiva. A autora cita Riddle (1986) quando este afirma que os serviços são a “cola que mantêm integrada qualquer economia”. Entretanto, mesmo que na atualidade grande parte das economias seja orientada para os serviços, este setor é o de menor compreensão, apesar de que nenhuma economia possa sobreviver sem um setor de serviços organizado.
Seguindo o mesmo raciocínio, Alonso (2005) destaca ser o setor de serviços fundamental para o funcionamento da economia, principalmente em grandes aglomerações urbanas, mas salienta ter havido uma negligência com a atividade terciária. Uma explicação para isso vem do fato da difícil medição e conceituação do setor, resultado de sua grande heterogeneidade.
De acordo com Kuznets (1983), a evolução da participação do setor terciário no produto nacional dos países desenvolvidos pode ser dividida em dois períodos. No primeiro, de 1800 até 1950, o crescimento econômico era liderado pela indústria e o período, pós 1960, o setor de serviços passa a ganhar expressão econômica. Em termos numéricos, no primeiro período, a participação do setor situou-se em torno de 30%, enquanto a indústria chegou ao final da década de 1950 com metade da participação da produção total. No segundo período, as posições se