Análise semiótica da publicidade
1.
Semiótica e Publicidade.
Em linhas gerais, o uso da publicidade e da mídia como ferramentas da comunicação social, podem ser estudadas por meio de diferentes perspectivas sociais, econômicas, políticas e culturais. A comunicação social, vista como uma disciplina que engloba o estudo da funcionalidade, do impacto e das consequências das mensagens midiáticas assume, portanto, a responsabilidade de orientar suas investigações diretamente aos processos comunicativos que são gerados a partir da interação social com os conteúdos simbólicos veiculados à mídia. É justamente por isso, que a transmissão das informações midiáticas tornou-se tão fundamental à comunicação das regras do jogo social praticado entre governo, sociedade e mídia. È por meio desse jogo social que nos instauramos nesse mundo midiatizado cujos conceitos básicos da construção de nossa realidade contemporânea já não mais fundamentam-se de acordo a uma analogia da forma precisa do real, mas sobretudo de acordo a uma analogia do signo com ele mesmo. A morte da dialética metafísica e das entidades dualísticas cartesiana, com efeito, faz nascer um pragmatismo concreto, percebido ativamente por meio da relação sígnica existente na trama social que envolve o tecido simbólico dos textos culturais. Apredemos ao logo do tempo que nossa realidade exterior é resultante de um metódico somatório das falculdades mentais para a organização dos estímulos que se apresentam caoticamnete diante dos nossos orgãos do sentido. Descobrimos também que tais estímulos ganham valores de verdade quando transformados em conceitos de conduta, expressos mediante os textos e signos1 de representação cultural. Tal processo mental de representação consiste, portanto, naquilo que Immanuel Kant em sua obra Crítica da Razão Pura (1787) denomina como Fenómeno que se contrasta ao conceito de nómeno, que é a ordem da