Análise primeira guerra mundial

EKSTEIN, Modris. A sagração da primavera: a grande Guerra e o nascimento da era moderna. Rio de Janeiro: Rocco, 1991.

Anne Caroline Santos Nunes¹

Modris Ekstein nasceu em 13 de dezembro de 1943 na cidade de Riga, capital da Letônia. É um historiador com interesse nas áreas da história alemã e cultura moderna. Depois de imigrar para o Canadá ainda criança, Ekstein, filho de um pastor batista, estabeleceu-se primeiro em Winnipeg e depois em Toronto, onde estudou no Upper Canada College com bolsa de estudos e formou-se em 1965 pela Universidade de Toronto. Realizou sua pós-graduação pela Universidade de Oxford, atualmente é professor emérito da Universidade de Toronto Scarborough. No presente estudo, são apresentadas algumas reflexões acerca das características teórico-metodológicas do autor. Serão analisados os pressupostos conceituais que delineiam a escrita historiográfica de Ekstein, tal como sua forma de utilização das suas fontes de pesquisa. O título do livro remete ao famoso balé de Stravinsky estreado em Paris pelos Ballets Russes de Diaghilev em 29 de maio de 1913. A Sagração da Primavera descreve as origens, o impacto e as consequências da Grande Guerra de 1914-1918, sua publicação insere-se em uma história cultural. O autor inicia sua produção através de um prefácio descritivo que expõe as principais características da guerra. A sua metodologia de escrita da história insere-se em um caráter de detalhes minuciosos, provar-se-ia com a descrição comparativa dos cemitérios de automóveis e o cemitério humano. Através dessa passagem ele apresenta o caráter primordial de seu texto: morte e destruição. O significado da Primeira Guerra Mundial, tal como o desenvolvimento da consciência moderna e a obsessão humana às vésperas da batalha com o ensejo de emancipação. A ideia da utilização do comparativo entre os dois cemitérios antagônicos é mostrar a aliança fundamental da guerra: tecnologia e morte. O desejo humano por velocidade e por inovações