Análise Médicos Sem Fronteiras
Análise da Organização
O programa Médicos Sem Fronteiras é uma organização internacional humanitária, criada na França em 1971, por jovens médicos e jornalistas, com o intuito de levar ajuda às pessoas que precisam independente de raça, religião ou convicções políticas. Esta é, primeiramente, uma organização missionária. O programa é dominado por sua ideologia, normas padronizadas e compartilhamento de valores e crenças. A MSF possui uma “Carta de Princípios”, em que todos os profissionais, sendo médicos ou de outras áreas devem honrá-los. Nessa carta, eles compartilham valores como:
Independência de poderes políticos, militares, econômicos ou religiosos;
Imparcialidade quanto ao público, sem prioridades;
Neutralidade no atendimento quando há duas ou mais partes no conflito;
Transparência quanto ao uso dos recursos captados;
Ética médica, prestando assistência imparcial aos indivíduos ou grupos sem prejudicá-los.
A partir desses princípios, também há uma padronização de normas. Todos os membros da organização são encorajados e movidos pela mesma idéia, do compartilhamento de valores e princípios, com a missão de levar ajuda e cuidados de saúde às pessoas em meio a conflitos armados, epidemias, desastres naturais, desnutrição e exclusão do acesso a esses cuidados.
A atuação da organização Médicos Sem Fronteiras, além de missionária, é também profissional. Sua atuação é, acima de tudo, médica. Existe uma profissionalização dominante, baseada nas capacidades e no conhecimento de cada um do núcleo operacional para que a organização funcione de forma condizente. Inicialmente, foi fundada por jovens médicos e jornalistas na França e, atualmente, é composta por mais de 34 mil profissionais de diferentes áreas e nacionalidades, e todos esses profissionais têm uma grande autonomia e poder de decisão nas atividades realizadas, além de uma alta proximidade e contato pessoal com as vítimas que atendem.
A organização leva cuidados de saúde em situações de