Análise heterônimo fernando pessoa

1095 palavras 5 páginas
LITERATURA PORTUGUESA.

ALBERTO CAEIRO ( MESTRE DOS HETERONIMOS DE FERNANDO PESSOA)

Alberto Caeiro é o poeta que aceita o mundo como ele é, sem pensar em investigar a natureza e a origem. O poeta vive na observação, pelos sentidos, do mundo real, no tempo presente. Para ele não há passado, porque recordar é atraiçoar a natureza (que é apenas o agora); não há futuro, porque o futuro é campo de miragens enganadoras. É, em suma, o poeta do real e do objetivo. Só os sentidos contam para ele e os olhos são o mais importante, talvez porque os olhos captam mais largamente o mundo real.

Foi um poeta ligado à natureza, que despreza e repreende qualquer tipo de pensamento filosófico, afirmando que pensar obstrui a visão ("pensar é estar doente dos olhos"). ( Proclama-se assim um antimetafísico. Afirma que, ao pensar, entramos num mundo complexo e problemático onde tudo é incerto e obscuro.

METAFISICA

"Há metafísica bastante em não pensar em nada"; "o único sentido íntimo das coisas é elas não terem sentido íntimo nenhum". Mas na realidade, Com efeito, Caeiro, ao negar toda a Metafísica, já está relacionado a ela , construindo uma nova metafísica: a Antimetafísica.

O nada também é muito abstrato, nao é possivel construir uma imagem de nada. Muito complicado!

A expressao "pensar em nada" pode existir um pensamento ou varios, e há muita metafisica nisso.

- Atração pela infância, como sinônimo de pureza, inocência e simplicidade, porque a criança não pensa, conhece pelos sentidos como ele, pela manipulação dos objetos pelas mãos, como no poema “Criança desconhecida e suja brincando à minha porta;”

A metafísica que valoriza o conhecimento abstrato. Para a metafísica, o verdadeiro sentido do significado do mundo iria além do alcance sensorial, com o quê não concorda o poeta. Ao negar a metafísica, o poeta vale-se de argumentos embasados no sensorialismo. Nos versos o poeta sobrepõe as sensações visuais ao mistério das coisas,

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