Análise dos episódios de “In treatment” – caso Sophie
Sophie é uma adolescente de dezesseis anos, é uma ginasta profissional e procura o terapeuta Paul para uma avaliação psicológica, pois sofreu um acidente e a seguradora do carro que a atingiu pediu uma avaliação, pois acreditavam que o acidente de Sophie havia sido uma tentativa de suicídio. Sophie em todos os episódios usa a busca por uma avaliação psicológica como uma defesa contra tudo o que Paul tenta saber de sua vida e do acidente. A jovem tenta por diversas vezes atingir o terapeuta com o discurso de que a filha de Paul é brega, que todos falam dela na escola, outras vezes diz que deveria aprender com sua mulher como conversar com as pessoas e chegando a quebrar um quadro que está no banheiro. Nestes momentos Paul não reage às provocações de Sophie, Winnicott propõe que o setting analítico seja como o primeiro ambiente da criança, ou seja, que seja um ambiente seguro que lhe de holding, handling e que não haja retaliação aos comportamentos agressivos. Assim o terapeuta deve sobreviver à agressividade do paciente. No segundo episódio Paul houve uma conversa de Cy, treinador de Sophie, e da mesma. A ginasta chega molhada para o atendimento, Paul pega roupas de sua filha, mas Sophie não consegue trocar de roupa devido os seus braços estarem engessados, ela pede que Paul retire as roupas dela, mas o mesmo acha este comportamento muito invasivo, com isso pede que sua mulher ajude Sophie, tanto no começo da sessão, quanto ao final. Isso demonstra a preocupação que Paul tem de não ser invasivo, fornecendo holding e handling a Sophie, o que é significativo para mesma, que demonstra quando ao final da um abraço na esposa do terapeuta. Sophie durante as sessões acaba aceitando estar em terapia, com isso acaba revelando diversos assuntos de seu passado que a levaram até o momento do acidente. Paul fornece um ambiente seguro para Sophie, assim como Winnicott coloca que é necessário que o terapeuta