Análise do texto "Sou feliz sozinho? - A importância do outro na minha vida."
Roberta Rocha
Ambiguidade e Subjetividade Aberta
Durante a leitura do texto Sou feliz sozinho? em quase todo os momentos relacionei o conteúdo do que estava lendo com as vivências do dia a dia. O autor Alfonso Garcia Rubio, professor doutor da PUC-Rio e teólogo, escreve seu texto de maneira simples e direta, mantendo uma estrutura que envolve e matem o leitor completamente interado em sua linha de ideias e pensamentos. Sendo assim, pude encontrar a minha realidade individual e a realidade do meio em que vivo no texto de Alfonso. Embora tenha lido um conteúdo enorme de teorias acerca do homem e de suas relações interpessoais, foco minha análise na abordagem da ambiguidade radical do ser humano, tema exposto no tópico de número quatro. Alfonso explica que todo ser humano encontra em si a ambiguidade, ou seja, encontra em si sentimentos opostos, como o ódio e o amor, por exemplo. E é a partir da ambiguidade que construímos nossas relações. Nas palavras do autor, não existe relação humana em estado puro, isto é, não existe contato interpessoal que não esteja impregnado de mal entendidos e sofrimentos. Isso é um estado inerente aos indivíduos, uma vez que somos seres ambíguos. Alfonso nos leva a refletir que esse estado de ambiguidade deve ser aceito por nós, já que nossa missão é combater a necessidade de sermos perfeitos. Penso nesse processo como a própria humanização do ser humano: não podemos deixar que, levados pela sociedade contemporânea, sejamos transformados em mercadorias que necessitam da perfeição. Ao contrário, devemos aceitar nossas imperfeições e construir relações a partir disso, aceitando, também, a ambiguidade do outro. A partir daí, constituiremos, portanto, a subjetividade aberta. A subjetividade aberta consiste na aceitação da individualidade do outro e, principalmente, na liberdade que encontramos em conviver em comunidade.