Análise do processo inferencial e a organização dos sentidos na Leitura
O processo inferencial, segundo as dras Sandra Patrícia Ataíde Ferreira e Maria da Graça Bompastor Borges Dias, é um processo cognitivo que permite ao leitor atribuir coerência ao texto, o que torna a leitura e a escrita uma unidade aberta de sentido, permitindo assim destacar uma malha de significados.
No processo inferencial, quanto mais o leitor tiver conhecimento de mundo, mais ele confronta idéias com o autor, garantindo uma compreensão para além dos elementos superficiais do texto, “negociando com o autor os significados plausíveis e permitidos”.
As inferências são então processos cognitivos (processo cognitivo é a realização das funções estruturais da representação (idéia ou imagem que concebemos do mundo ou de alguma coisa) ligadas a um saber referente a um dado objeto. Constitui na execução em conjunto das unidades do saber da consciência) que implicam na construção baseado no reconhecimento da intenção comunicativa no texto, ou seja, quando o leitor descobre a intencionalidade do autor a partir da sua maturidade crítica. Isso ocorre porque há uma negociação, uma disputa autor/leitor, que transforma e constrói conhecimento.
A atividade inferencial é uma habilidade que aumenta com a idade, estando sujeita ao desenvolvido cognitivo e às situações de aprendizagem. Sendo um apelo das autorias uma busca maior pelo ensino educacional não só teórico, mas também prático, com necessidade de aplicação da metodologia de Paulo Freyre, para alcançar uma mudança no processo de ensino nas interpretações textuais.
Inferencial significa tirar conclusão, deduzir pelo raciocínio, inferir, interpretar o texto. O autor acredita que o processo inferencial permite ao leitor atribuir coerência ao texto, fazendo com que ele coloque a sua interpretação naquilo que está lendo, fazendo uma espécie de organização dos sentidos criados pelo indivíduo na sua relação com o texto.
Na leitura de um