Análise do poema Fantástica
Análise romântica do poema “Fantástica” de Alberto de Oliveira
O poema “Fantástica” foi, brilhantemente, escrito por Alberto de Oliveira e lançado em seu livro “Meridionais” (1884). Nesse período Alberto de Oliveira encontra-se no período de transição para o parnasianismo, de fato, esse dado é tão comprovável que o próprio poema traz uma gama de traços tanto parnasianos quanto românticos.
Pode parecer contraditório que um dos inauguradores do parnasianismo no Brasil (colocado na “Tríade” parnasiana, juntamente com Raimundo Correia e Olavo Bilac) tenha poemas (não apenas “Fantástica”, mas vários outros como “Torturas do ideal”) com uma essência romântica. De fato o é. Entretanto é comum que vários autores apresentem traços de outras épocas e estilos (é o que se diga do pós-modernismo) na verdade diversos autores já se mostraram capazes de “libertarem-se” dos movimentos nos quais estão, temporalmente, inseridos.
O Brasil, cuja principal característica cultura é não possuir cultura fixa alguma, e sim uma junção de várias culturas, que migram da macumba africana até o POP estadunidense, é o país ideal para o aparecimento desses autores que mesclam estilos, inovando a língua em um dinamismo constante.
No caso de “Fantástica” esse traço romântico fica extremamente evidente, desde o título, (que se remete ao imaginário) até o ultimo verso “Põe da morta no tálamo de flores.” que nos remete a uma ideia de melancolia e tristeza. Nesse verso o autor uni ideias de escuridão “morta” com ideias de beleza “flores” conferindo a morte um aspecto belo.
O poema é estruturado constantemente dessa forma, primeiro nos remete uma ideia de escuridão, nos levando a um palácio encantado, triste, com direito a estátuas e armaduras. Em seguida une esse ambiente melancólico com a lua e com uma princesa (morta, mas ainda uma princesa) sempre juntando o ideal (uma busca romântica) com a beleza, e tudo isso de forma extremamente parnasiana com versos metricamente