Análise do livro O Primo Basílio
EÇA DE QUEIROZ
UNIVALE – IVAIPORÃ – PR
2014
O Primo Basílio
Realismo
“É de todos os tempos o realismo como o é a arte. Ele existiu sempre, porque a imaginação tem necessariamente por base a observação e a experiência, e porque a arte tem sempre por objeto as realidades da vida. Na observação da vida, com o propósito de fazer arte, há duas atitudes extremas: a da franca subjetividade e a dum ardente desejo de impassível objetividade. Estas duas atitudes de espírito do artista coexistem, mas como que se doseiam, tendo o predomínio ora uma ora outra. O artista, que observa, altera, corrige a realidade, porque não só reproduz um fragmento da vida, escolhido já de acordo com as suas inclinações pessoais, mas também o reproduz tal como o viu, isto é, desfigurado. E assim, através da concepção artística, a verdade real deforma-se para se tornar em verdade artística”.
FIGUEIREDO, Fidelino de. História da Literatura Realista. 3. ed. São Paulo: Anchieta, 1946, p.13.
Eça de Queiroz Eça de Queiroz (1845-1900) foi um escritor português. "O Crime do Padre Amaro" foi o seu primeiro grande trabalho, marco inicial do Realismo em Portugal. Foi considerado o melhor romance realista português do século XIX. Eça foi o único romancista português que conquistou fama internacional nessa época. Foi duramente criticado por suas críticas ao clero e à própria pátria. A crítica social unida à análise psicológica aparece também nos livros "O Primo Basílio", "O Mandarim", "A Relíquia" e "Os Maias".
1 - Correlacionar a obra com o Realismo O período realista foi marcado pela relação entre literatura e sociedade, a fim de que os leitores tomassem consciência da realidade que muitos não queriam ou não podiam ver. Desta forma, o papel do escritor seria revelar as regras, os problemas, os comportamentos e o posicionamento adequado da sociedade. O livro O Primo Basílio foi escrito em um