Análise do livro "A virtude soberana - a Teoria e a Prática da Igualdade" de Ronald Dworkin
Para Dworkin, a principal ferramenta deste livro é identificar o preciso senso de igualdade e explicar de que forma outras políticas encontram espaço sob esse regime da igualdade. Para isso ele se baliza diante de dois princípios, o princípio da igual importância ou igual consideração, o qual não se vincula à propriedade da pessoa, mas à importância de que sua vida tenha resultado e não seja desperdiçada, ou seja, o governo deve adotar leis que garantam o destino de seus cidadãos independente de sexo raça ou qualquer deficiência; e o princípio da responsabilidade especial, qual seja, o que revela que apesar de dever reconhecer a igual importância do êxito da vida humana, uma pessoa só, a dona da sua vida, tem responsabilidade final por esse sucesso. Neste último, no entanto, Dworkin não nega que ao optar ao tipo de vida que a pessoa viva essa escolha não seja influenciada pela psicologia ou biologia, nem que a cultura e educação não interfiram no processo, mas afirma que cada pessoa é responsável por suas escolhas. Assim, para exemplificar esses dois pressupostos básicos, Dworkin afirma:
Qualquer sociedade fiel a esses dois princípios deve adotar estruturas jurídicas e institucionais que expressem igual consideração por todos os habitantes da comunidade, mas deve também fazer questão de que o destino de cada um, por respeito ao segundo princípio, seja sensível a suas próprias escolhas.
Após analisados os pressupostos básicos da obra, se observa que ela é dividida em duas partes. A parte I é direcionada para a parte teórica já mencionada e a parte II consiste na exploração de políticas contemporâneas controversas sobre políticas de saúde, exemplificadas