Análise do livro "A mise en scène no cinema: Do Clássico ao cinema de Fluxo
Trabalho de Cinema Mundial II
Gustavo dos Santos Andrade
Através da leitura do livro de Luiz Carlos Oliveira Jr., “A mise en scène no cinema: Do clássico ao cinema de fluxo” pode se entrar em contato com o conceito presente no termo mise en scène. Livro faz uma análise da origem do termo até sua consolidação como aspecto chave para se fazer uma crítica de um filme. Com o objetivo dar significado a mise en scène, Luiz Carlos Oliveira
Jr utiliza as principais críticas dos fundadores das revistas “Cahiers du Cinéma” e “Présence du Cinéma”. O livro faz uma reflexão através do pensamento de três críticos de cinema, Rivette, Rohmer e Mourlet. Vale ressaltar que os três viam na mise en scène o ponto central para se qualificar um filme. Todos eles admiravam a maneira como os cineastas clássicos davam brilho as suas obras.
Contudo tinham visões diferentes a respeito do conceito de mise en scène. A partir daí, o autor faz uma análise de como essa ideia da mise en scène como elemento central do cinema, sofre mudanças ao longo do tempo. Nesse momento, o livro mostra como a geração do cinema moderno se distancia da ideia de mise en scène. Não era mais interessante apenas a partir de elementos como cenário, figurino, luz, atuação trazer a realidade para o cinema. A realidade antológicas, com suas belezas e até com a própria percepção do autor, deu lugar a busca por novas formas de olhar a realidade.
Isto é, a criação de linguagens. Luiz Oliveira Jr cita diversas vezes a Novelle
Vogue e seus filmes fragmentados, no qual o sentido do filme ficava a cargo do próprio espectador. Com tudo é um período que não rompe com o ideal de mise en scène, pois ainda busca uma encenação. Com o passar do tempo, e chegando-se a pós modernidade, novos cineastas começam a partir para novos caminhos da produção. Uns se apegam a encenação, mas de forma exarceba. Tal característica é citado no livro como o maneirismo, no qual