cinema e turismo
EXISTENCIAL*
EXISTENCIAL
Maria Helena Costa
INTRODUÇÃO
A cidade, o cinema e a dimensão teórica Pensar a cidade e o cinema de forma interligada se justificaria apenas pela necessidade corrente de entender e discutir o processo de construção e o
Esse trabalho explora formas de representação da experiência urbana em filmes sob diferentes perspectivas teóricas. Na primeira parte, será apresentada uma discussão sobre a recente produção acadêmica resultante do interesse na discussão sobre a relação cidade e cinema para que se estabeleçam parâmetros para a discussão sobre os conceitos de cidade, iconografia e imagem urbana. São esses conceitos que, na segunda parte desse trabalho, darão suporte à análise da representação do espaço urbano construída pelo filme brasileiro Redentor (Cláudio Torres,
2004). A análise fílmica apresentada aqui assinala para o fato de que há, na cultura contemporânea, uma nova maneira, muito particular, de formar, e de constituir os sujeitos sociais e sua prática urbana cotidiana, pelo menos no que se refere ao contexto da representação do espaço urbano no cinema brasileiro reconhecido como o
“da retomada”.
Professora da Universidade Federal do Rio Grande no Norte mhcosta@ufrnet.br uso da imagem fílmica como instrumento estratégico na pesquisa e na divulgação do conhecimento científico (COSTA,
2005). No entanto, estudiosos e pesquisadores, das mais diversas áreas do conhecimento – artes, comunicação, antropologia, geografia, educação, literatura, ciências sociais, etc. – têm ido além e pensado os problemas de uma cultura urbana moderna e pós-moderna, que se apresenta inflacionada por imagens, a partir de um ponto de vista da análise das práticas e representações culturais, mais especificamente, a partir das representações e construção do discurso fílmico (como também literário, fotográfico, videográfico, etc.).
A construção do significado fílmico oferece um exemplo