Análise do filme: A História das Coisas
O filme representa uma análise crítica sobre os sistemas de produção e consumo de bens materiais atual, retratando os impactos socioambientais, com destaque para a intensidade do modelo praticado nos Estados Unidos. Um dos principais motivos da intensidade do sistema é a necessidade de crescimento econômico, e das corporações terem lucros cada vez maiores. Para isso, são apoiadas pelos governos, que têm cada vez menos poder e não medem os impactos que causam em todas as etapas desde a produção até o descarte de resíduos. Os dados revelam a intensidade e insustentabilidade que o modelo de produção atual representa: os Estados Unidos representam mundialmente 5% da população, consomem 30% dos recursos naturais e produzem 30% do lixo.
O sistema de produção e consumo pode ser dividido em etapas, com impactos socioambientais específicos. Inicia com a etapa de Extração de recursos naturais, que já destruiu 80% das florestas nativas do mundo. A segunda fase é a Produção, onde substâncias tóxicas são incorporadas aos bens produzidos e entram em contato com os trabalhadores das fábricas e consumidores, que ficam expostos aos riscos desconhecidos de muitos produtos tóxicos, e ainda, os poluentes emitidos pelas fábricas no ar ou na água. Na Distribuição dos produtos, tem-se a poluição dos meios de transporte, agravados pelas grandes distâncias necessárias para atingir todo mercado consumidor.
Então vem a parte mais importante, o Consumo, cujo objetivo é manter o consumo intenso com produtos de pouca durabilidade e alta obsolescência, confirmado pela pesquisa que informa que 99% dos bens são descartados após 6 meses de consumo. E ainda com o apoio dos comerciais para criar a necessidade de consumir ou trocar produtos. A última fase é o Descarte, onde os danos causados pela incineração do lixo produzem substâncias ainda mais tóxicas, além do excesso de lixo causar a poluição dos recursos naturais e alterar o clima.
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