Análise do filme: Lancelot
Segundo o ideal cavaleiresco típico, os princípios e práticas da cavalaria medieval mostram-se no filme “Lancelot: o primeiro cavaleiro”.Partindo dessa afirmação, podemos identificar,essa diversa gama de virtudes diferentes que compõem a imagem de cada cavaleiro entre elas a valentia e infalibilidade na guerra; a vassalagem amorosa no amor cortês; a pureza de corpo e de espírito do cavaleiro cristão.
Lancelot foi composto sob o signo do Amor, tratado não somente como um sentimento, mas como entidade. Na obra de esta é onde o amor cortês encontra campo mais fértil para o seu desenvolvimento. Dito em outras palavras, é onde temos o amor, bem sucedido, entre um “jovem” - Lancelot - e uma dama, mulher de alta linhagem, casada com o senhor feudal do jovem - Guinevere.
Se no casamento, a mulher aristocrata continuava a ser um mero objeto nos acordos e interesses dos homens, no amor cortês ela mostrava-se livre para escolher quem mais lhe agradasse ou quem melhor soubesse agir para conquistá-la. Ela é dona dos seus sentimentos e desejos.
O amor cortês quase sempre nasce do olhar. Desenvolve-se através de pequenos gestos e palavras só conhecidas pelos amantes, até sua consumação. Mas, até chegar à plena posse da amiga, o homem deve passar por provas, tais como mostrar discrição, pois a mulher é casada; ser fiel incondicionalmente a sua amada; ser lhe submisso em tudo; e saber sofrer em silêncio.
Lancelot segue à risca as normas do comportamento do apaixonado. Pelo Amor viola o código da cavalaria, traindo, assim, os seus pares. Seu amor por Guinevere é incondicional e absoluto, dominando-o, fazendo com que se esqueça de tudo e de todos, até de si mesmo, ultrapassa perigos, dor e sofrimento, é o som de sua voz que traça sua estratégia de combate ou determina o som de uma luta; é o seu amor que lhe dá forças para viver; é o seu desprezo que o faz desejar e procurar a morte...
Ela ama Lancelot, mas nunca se mostra