Análise do filme Kasper Hauser

Jéssica Brianda
Valeska Leivas

Análise do filme
“O Enigma de Kasper Hauser” sob a ótica de aquisição de linguagem e dos postulados de Vygotsky

São Paulo
2013
Confinado e isolado por anos sem motivo aparente, Kasper Hauser nunca fora estimulado a caminhar ou falar, crescendo então com estas limitações e deficiências. Um dia liberto de sua prisão, ele passa a ser exposto a fala (conversas) e conhece então as funções de suas pernas.
Assim como uma criança, Kasper Hauser é carregado e incentivado a caminhar, mas em seu caso específico, de maneira brusca e com mais dificuldade devido a seu peso e tamanho.
A princípio, as palavras lhe são apresentadas como forma de repetição de frases simples e que sempre se repetem de maneira a facilitar seu entendimento e eventual assimilação. Posteriormente descobrimos que a intenção era que ele se prepara-se para comunicar-se minimamente com o mundo quando apresentado a ele.
No dia em que é abandonado no meio da cidade e deixado apenas com uma carta nas mãos endereçada ao capitão da cavalaria, começa sua jornada rumo a “normalidade” da vida civilizada em sociedade.
Há uma mobilização da cidade para integrar Kasper a rotina e vida corriqueira dos cidadãos, além de ajudá-lo a conhecer aquilo que até então lhe era estranho.
Seu processo de aquisição das palavras se dá de forma muito lenta, por meio de repetições e exposição a formas lúdicas e concretas, visando sua melhor compreensão das situações que lhe eram expostas.
Kasper Hauser é “testado” em diversas situações a fim de se averiguar suas habilidades, medos e reações.
Como nunca fora exposto a nada, nem ao fogo, nem a ataques de espada ou qualquer outro tipo de ameaça, Kasper nada temia e não esboçava qualquer reação quando em contato com estas situações. Este fato de certa forma confirma a ideia de John Watson de que o medo é um sentimento que pode ser aprendido e até mesmo condicionado.
Seu processo de aquisição da língua