Análise do filme inconsciente
Dirigido por Joaquin Oristrell, de Gênero Comédia o filme retrata de forma ilustrativa uma realidade de 1913. “Em 1913 Freud esteve em Barcelona… e a confusão toda começou.”
A trama inicia com a personagem Alma e sua indignação pelo desaparecimento repentino de seu marido Dr. Leon, seguidor das recém criadas teorias de Freud, que no último encontro com a esposa, chorava desnorteado antes de abandoná-la grávida. A partir daí, apoiada pelo seu cunhado Salvador e vasculhando os documentos deixados pelo marido, vão desvendando passo a passo o mistério, como detetive e assistente, utilizando o caso de quatro pacientes tratadas recentemente por Leon.
Amor, hipnose, perigo, tabus, uma aventura que traz em seu fechamento, os “porquês” de cada um dos envolvidos.
2 – INTRODUÇÃO
Dentre os vários bordões do senso comum, um relacionado à psicanálise é constantemente falado “Freud Explica”. Vemos com isso, que independente de muitas pessoas nada saberem sobre a dita ciência, elas atribuem a Freud o conhecimento de todas as coisas, um ser capaz de desvendar tudo aquilo oculto nas linhas dos nossos “Inconscientes”.
Embasados nesta Idéia, ainda presos no censo comum, viajamos mentalmente ao ano de 1913, tempo que historicamente vivia o neurologista Sigmund Freud e de forma fictícia Leon em sua fantasiosa vida de Noel, personagem que desencadeia toda a trama do filme “Inconscientes” dirigido por Joaquin Oristrell.
Ainda pensando no reboliço atual de nossas mentes no que diz respeito ao nosso “eu” particular e social, fazemos um paralelo com a época em questão, esboçada no filme, e nos murmúrios que rodeava pelas ruas, vielas, bordeis, hospitais... a respeito das novas teorias deste neurologista responsável pela “3ª ferida narcísica do universo”, onde ele quebra a idéia central do Iluminismo embasada na razão consciente.
3 – MODERNIDADE VERSUS TRADIÇÃO
Abrimos aqui um parêntesis para refletir sobre a história da humanidade. A Idéia central do