Análise do filme histórias cruzadas

ANÁLISE DE FILME

Filme: Histórias Cruzadas (2011) de Tate Taylor.

O filme “Histórias Cruzadas” acontece acerca da vida dos negros na época da segregação racial, em Mississipi (EUA), 1962. Os personagens principais são: Skeeter, uma jovem branca de classe alta que ao contrário das outas mulheres naquela época dava prioridade aos estudos e autonomia; Aibileen e Minny, ambas empregadas de famílias de classe alta. Juntas elas constroem uma improvável amizade devido a um projeto literário secreto que abala as regras da sociedade, colocando-as em perigo.
Tratando-se de um retrato social da sociedade estadunidense dos anos 1960 e seus conflitos, embates por direitos civis e a exposição da ferida racial, que perdura de forma invisível, porém presente até os dias atuais. Utiliza-se de personagens que podem ser confundidos com pessoas reais. É um emocionante filme sobre igualdade e fraternidades pessoais: histórias que se cruzam na tentativa de apagar a nódoa do racismo. No momento histórico em que se passa o filme, fica evidente a segregação, onde há os brancos, que se encaixam numa classe social dominante, hegemônica e que estão economicamente e socialmente à níveis maiores que em relação aos negros, que representam o outro ator social e são considerados socialmente inferiores e, também, estão num patamar economicamente inferior.

A etnografia baseia suas conclusões nas descrições do real cultural que lhe interessa para tirar delas os significados que têm para as pessoas que pertencem a essa realidade. (Triviños, 1987, p. 121)

Um aspecto importante do filme, é a questão dos banheiros, que são separados para negros e brancos. Questão que pode ser pensada pela desumanização da sociedade, que ainda é fortemente presente na sociedade contemporânea. O outro, no caso os negros, no filme, tem o seu caráter de humano e de igual suprimido. Essa ideologia, que baseia toda a segregação dos negros, é propagada e até necessária para a estruturação do sistema