Análise do filme Hannah Arendt em relação ao Massacre do Carandiru (Direito Penal)
900 palavras
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Hannah Arendt é um filme feito com base nos escritos da autora judia alemã de mesmo nome, tendo como principal foco o julgamento do oficial nazista Adolf Eichmann em Jerusalém. Hannah foi ex-aluna e amante do famoso filósofo Martin Heidegger, que posteriormente se filiaria ao partido nazista ao assumir a reitoria da universidade de Freiburg durante o governo de Adolf Hitler. Durante este período, Hannah, por ser judia, foi aprisionada no campo de concentração de Gurs, na França, até que conseguisse escapar juntamente com seu marido para os Estados Unidos da América. Tornou-se famosa escritora e professora universitária, tendo escrito, entre outros temas, sobre as origens do totalitarismo. Foi eventualmente convidada pelo jornal The New Yorker para escrever sobre o julgamento de Adolf Eichmann, ex-oficial nazista capturado na Argentina cuja função era vinculada ao transporte de judeus aos campos de extermínio, viajando então para Jerusalém para assisti-lo. Lá observou que Eichmann era um homem bastante ordinário, cujas ações acreditava terem sido de acordo com a lei e com as ordens que havia recebido, não sendo assim responsável pelos crimes de que era acusado. As observações feitas durante o julgamento seriam usadas como base para a teoria da 'banalidade do mal', que diz ser o pior tipo de mal aquele praticado por pessoas que agem, não por sadismo ou interesse pessoal, mas por conformismo, havendo entregue sua capacidade de pensar livremente para aderir aos ideais de um grupo maior sem questiona-los. Retornando aos Estados Unidos, Hannah conclui seu trabalho apesar de atrasos e complicações, entre os quais um aneurisma cerebral que quase mata seu marido Heinrich. No entanto, a recepção do público a obra é extremamente negativa devido a seu posicionamento controverso a respeito da moralidade de Eichmann e da participação dos líderes judeus nos eventos que levaram ao holocausto. Sofre acusações de defender o nazista e de ser ela própria antisemita, apesar