Análise do filme Easy Rider
O filme Easy Rider é um dos representantes do novo cinema americano que surge como contracultura a uma estética fílmica que tomava e toma conta até os dias de hoje. Essa fase do cinema de Hollywood, chamada de New American Cinema, aconteceu em meados dos anos sessenta e visou quebrar com o formato hollywoodiano e seus happyendings, tendo a vanguarda europeia como influência. Foi um dos primeiros road movies lançados. Veio `as telas no ano de 1969, escrito por Peter Fonda, Dennis Hopper e Terry Southern, produzido por Fonda e dirigido por Hopper. O filme conta a história de dois motociclistas que viajam em suas motos pela costa dos Estados Unidos em busca de liberdade pessoal.
Como o gênero fílmico já sugere, o enredo se passa nessa viagem e não gira em torno de nenhum acontecimento específico. O foco é a viagem, a partir dela surgem elementos que compõem a trama do filme, mas sempre tendo ela como base e centro narrativo.
Logo na primeira cena, tem-se no foco da tela um bar mexicano. Antes dos motoqueiros aparecerem, já escuta-se o barulho de suas motos, o que mostra a importância delas na trama. Elas surgem antes de conhecermos os protagonistas, de certa forma elas são as protagonistas, na verdade. Todos os mexicanos dizem “bom dia amigos, bom dia”, nota-se que pessoas relativamente notórias chegaram, mas antes de os vermos temos essa percepção pelas falas dos mexicanos. A fala do traficante de terno “alguns dizem que vem, mas nunca aparecem” também explicita que eles não são “qualquer um”.
Eles seguem o traficante, que senta com eles e lhes dá cocaína. Ambos cheiram, essa cena seria impossível sob regime do Código Hays, que caiu em 1967, 2 anos antes do lançamento do filme. A cocaína está boa; segundo palavras do traficante está “Pura vida”, que acho que é basicamente o que eles procuram no decorrer do filme. Um sentimento de estar vivendo uma vida pura, pura no sentido de livre e, de certa