tecnica milho
INSTITUTO DE SAÚDE E BIOTECNOLOGIA
CAMPUS MÉDIO SOLIMÕES
CURSO DE NUTRIÇÃO
5⁰ PERÍODO
A conversa entre a cozinheira e o Cordon Bleu: breve reflexão sobre a cozinha e a gastronomia no Brasil.
ADA DA SILVA PEREIRA
COARI-AM
2014
A conversa entre a cozinheira e o Cordon Bleu: breve reflexão sobre a cozinha e a gastronomia no Brasil.
Em todos os tempos e os lugares os alimentos e seus modos de preparo sempre despertaram a curiosidade dos homens que registraram os costumes das sociedades. A preparação dos alimentos fez parte dos registros etnográficos e das análises antropológicas.
A abordagem aqui está pautada, principalmente, nos estudos estruturalistas do antropólogo Claude Lévi-Strauss, podemos assim compreender como cada sociedade se entende e se expressa através da preparação de seus alimentos.
Cada processo envolvido na escolha e preparação dos alimentos, as formas de preparo e as formas de consumo que permitem enxergar, pela ótica da comida e da culinária, diferenciações culturais muito particulares, a culinária funciona como um conjunto de traços que são capazes de moldar certa identidade.
Nós brasileiros sabemos que certamente o virado, a dobradinha, a fora e a feijoada vão constar nos cardápios. Pela escolha do alimento, seu modo de preparo e de servir e consumir podemos definir quem somos – ´´nós´´, diferentes dos ´´outros´´.
É possível falar no século XVIII de uma ´´globalização´´ alimentar que vai influenciar também a constituição de um cardápio que, mais tarde, passará a ser conhecido como ´´nacional´´. É possível também reconhecer traços culinários comuns para além de toda a diversidade. É possível enxergar uma continuidade cultural, observada pela culinária, a despeito das diferenças sociais e dos tempos históricos.
No caso do Brasil colonial, fica clara a presença de três categorias alimentares comuns, relacionadas entre si de formas diferentes, a saber, o feijão, a farinha e a