Análise do Filme Bicho de 7 cabeças
Maria Aparecida Barbosa 1° Período Graduação Enfermagem
O filme focaliza a realidade de neto, um adolescente típico da periferia de São Paulo, que divide o tempo entre os bancos da escola e as reuniões com amigos para fumar maconha e pichar muros. Em casa, enfrenta a austeridade do pai e da acuada mãe, com o mais puro silêncio e descaso.
Os pais e a irmã mais velha se incomodam com a ausência do rapaz e temem seu desvio moral, mas não conseguem estabelecer um diálogo ao descobrirem um cigarro de maconha no meio de seus objetos. A partir desse momento resolvem interná-lo em um manicômio, acreditando ser o lugar ideal para ''viciados'', acreditando cegamente nos dizeres dos médicos.
Os familiares, "cheios de boas intenções" ficam cúmplices do hospício e de suas cruéis torturas, só tirando Neto do hospício quando já era tarde. A violência dos enfermeiros, que usam todos os recursos do hospício para acalmar os pacientes, desde a antiga camisa de força, o quarto "forte" e o eletrochoque, pode levar uma pessoa a deixar de ser gente, a perder a vontade e a consciência de si, a virar uma coisa!
O problema é que a corrupção tem invadido como nunca as instituições e o médico responsável pela internação estava simplesmente interessado em atingir o número de pacientes necessários para obter subsídio do governo.
Apesar de sua lucidez e vigor, o grito de surpresa e indignação do rapaz ao se perceber internado é abafado pelo sistema de relações pessoais e institucionais do mundo atual mostrando a realidade dos hospícios manicomiais com uma transparência chocante pois conseguimos visualizar claramente os métodos cruelmente utilizados utilizados pela medicina manicomial, uma violencia extremamente desumana . O filme consegue quebrar a figura mascarada que todos têm