Análise do filme aos treze
Desde o nascimento, ou até antes dele, o sujeito irá se constituir a partir daquilo que experimenta enquanto vivências reais, imaginárias e simbólicas. As transformações sociais, culturais e psicológicas da vida humana vão alongar o tempo de passagem da infância à maturidade. Desse processo, emerge um sujeito meio criança, meio adulto.
O filme conta a história real de Tracy, uma garota de treze anos que como todo adolescente, passa por uma transformação em sua vida, acompanhado por uma crise de identidade. No início do filme ela é uma estudante dedicada e que ainda brincava com bonecas. Ao entrar em contato com a forte pressão dos grupos da escola e observar como Evie alcançava algumas vantagens, Tracy decide se aproximar de Evie, para se tornar popular como ela. Assim, Evie representa tudo o que Tracy quer ser. Evie inicia a menina inexperiente no mundo das drogas, do sexo e dos pequenos crimes.
Tracy acaba se tornando a melhor amiga de Evie, consegue ser popular e até passa a chamar a atenção dos meninos. Porém, Tracy acaba entrando na vida adulta prematuramente e correndo muitos riscos. Ela se distancia da mãe, começa a matar aulas e, embora deteste o namorado da mãe, um ex-viciado, passa a usar drogas.
A necessidade de ritualizar a passagem vai ser então considerada problemática, e isso torna-se o adolescer. Daí o importante conceito de síndrome da adolescência normal”. O que antes era coletivo e tradicional hoje é patológico e problemático. O que antes era marcado pelo amadurecimento biológico, e finalizando por um ritual de iniciação, hoje é vivido singularmente e de forma muito diversificada: é o primeiro beijo, a primeira transa, um pirecing, uma tatuagem, uma viagem sem os pais. Dentre essas diversas formas encontramos as mais problemáticas em adolescer.
O filme retrata questões que envolvem a sexualidade na adolescência, a identidade e uma estrutura familiar marcada pelos conflitos pertinentes a esta fase. A