Análise do discurso defesas forenses
1º SEMESTRE – TURMA A
PORTUGUÊS JURÍDICO
DJALMA LÚCIO DA SILVA REIS
ANÁLISE DO DISCURSO “AMOR E MORTE”
DISCURSOS FORENSES (DEFESAS PENAIS) – ENRICO FERRI
Alagoinhas
2013
DJALMA LÚCIO DA SILVA REIS
ANÁLISE DO DISCURSO “AMOR E MORTE”
DISCURSOS FORENSES (DEFESAS PENAIS) – ENRICO FERRI
Trabalho de análise do discurso de Enrico Ferri na defesa de Carlos Cienfuegos para a disciplina Português Jurídico do curso de Direito da UNIRB – Alagoinhas.
Orientador: Antônio Marcelo
Alagoinhas
2013
Uma primeira leitura deste texto mostra que se trata da argumentação final em defesa de um assassino em um tribunal do Júri, apresentando, portanto, uma narrativa com discurso indireto. Essa narrativa dos fatos do crime para a defesa de Carlos Cienfuegos, assassino da condessa Hamilton, foi pronunciado no Tribunal Criminal de Roma e tem na sua base certos valores que são antagônicos, como a amor x ódio, morte x vida, desejo x arrependimento, passionalidade x premeditação. Tratando-se então de um texto formado por uma estrutura que articula diferentes elementos e constitui um sentido coeso e coerente.
Inicialmente Ferri traz sua posição ética ao afirmar que não há “direito de matar”, reconhecendo assim o ato de seu cliente, apontando, porém um aspecto diferenciado ao crime em comento, não atribuindo origens torpes como vingança, ódio ou interesse financeiro, mas sim, ligando o crime ao ato de amar. Numa tentativa de justificar uma possível decisão absolutória, Ferri ainda levanta tal decisão não como um prêmio ao criminoso, mas como um ato de piedade e clemência por parte do Júri. Neste ponto o Defensor do Sr. Cienfuegos o põe como vítima de uma trama da vida:
“Estou certo de que esta segunda forma de sentimento humano está no espírito de todos, porque aquele rapaz é bem mais desventurado que criminoso.”
“Não é um homicídio por vingança, e ainda menos por ambição ou por brutal malvadez. É o fato sangrento de amor, pois o amor e