Arquitetura
Ao analisar o sítio onde uma edificação ou ordenamento do espaço livre ocorrerá, o arquiteto tem como premissas básicas (condicionantes), as questões físicas do lugar: topografia (relevo), incidência de insolação (orientação solar), leitura de entorno (vias de acesso, configuração morfológica e tipológica das edificações próximas), legislação pertinente (restrições de uso e ocupação do solo e zoneamento) e visual (quais as vistas que se tem a partir do terreno estudado).
A estrutura (sistema estrutural a ser adotado) e o programa de necessidades da edificação (dependências, setores, etc) também podem nortear a definição do partido arquitetônico. Ao traçar os primeiros croquis da futura intervenção no espaço, levam-se em conta as referências culturais e semiológicas (relação com signos pertinentes ao tema e ao lugar) Aí se faz a construção sentido da arquitetura. Ao conceber um edifício no bairro paulistano da Moóca, por exemplo, próximo a linha do trem, afloram-se o passado industrial do lugar, a morfologia e o sistema construtivo singulares dos galpões, a tradição dos imigrantes, o significado da ruptura da malha urbana pela veia férrea, a passarela da estação, o sentido do movimento, do ir e vir, da velocidade, da aerodinâmica, dos encontros e despedidas... Tudo isso são referências intrínsecas ao sítio, que devem ser levadas em consideração na concepção do projeto.
CARTA DO PALASMAA
Esse é o sentido da arquitetura: em seu âmago, em sua essência, ela deve trazer em seu DNA as características para onde foi concebida, marcando presença não só pela plástica, estética, funcionalidade e tecnologia, mas por estabelecer relações com a antropologia do lugar.
Quando ZahaHadid concebe a ópera na China, numa composição