Análise do conto a repartição dos pães de clarice lispector
312 palavras
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Análise do conto Sábado naturalmente dia da família e do descanso. Não seria diferente na visão de Clarice. Porém, com sua pitada diferente da visão que qualquer um teria. E “A repartições de pães” não seria diferente de seus tantos contos, em que neste, ela mostra uma família que parece apenas se aturar em um dia de sábado por um prato para ser chamado de seu. Com isso, se espera uma atitude até mesmo animalesca, irracional, mas não é isso que ela mostra, por mais que as pessoas não se gostem, nem saibam elogiar uns aos outros, eles repartem a comida, sem brigar, porém se querer deixar nada pro outro dia. No início o narrador relata de uma forma como se não conhecesse a mulher que “lava o pé de qualquer estrangeiro”, porém ao final do conto relata ser sua mãe. Essa visão de que a mulher é sempre “boa”, inocente, caridosa, etc., é criada de forma que ao mesmo tempo o narrador passa a imagem de uma tola qualquer, sem demonstrar nenhum carinho, porém não só com a mesma. A fome e o prazer em comer são tamanhos que não se sente vontade nem ao menos de conversar, ou de transformar o momento em algo da família. E em uma simples frase o narrador deixa isso bem claro: “A cordialidade era rude e rural.”. As analogias são feitas à Santa Ceia como: o dia de sábado como hospitaleiro e dos homens, na visão cristã em que como o narrador diz: “Então aquela mulher dava o melhor não importava a quem?” e “Sábado era de quem viesse”, a repartição dos pães e não uma multiplicação como quando diz “A comida dizia rude, feliz, austera: come, come e reparte.”, já que milagres não são possíveis, não aos humanos em sua própria visão. E até nessa mesma, vemos a ponta de irmandade