Bacharel
Felicidade Clandestina trás partes autobiográficas de Clarice Lispector
A obra “Felicidade Clandestina” de Clarice Lispector reúne diversos textos da autora que foram escritos ao longo de sua vida, por isso é considerado um livro de contos. Clarice não gostava dos rótulos de gêneros, por isso muitos dos textos inclusos nesta obra têm características de contos, outros de crônica e alguns ainda com certo ar de ensaio. Felicidade Clandestina foi lançado em 1971, Clarice escreveu muito desses contos para o Jornal do Brasil, para onde ela escrevia semanalmente e eram publicados como crônicas.
No total são 25 textos, sendo eles: Felicidade Clandestina, Uma amizade sincera; Miopia Progressiva; Restos do Carnaval; O grande Passeio; Come, meu filho; Perdoando Deus; Tentação; O ovo e a galinha; Cem anos de perdão; A legião estrangeira; Os obedientes; A repartição dos pães; Uma esperança; Macacos; Os desastres de Sofia; A criada; A mensagem; Menino a bico de pena; Uma história de tanto amor; As águas do mundo; A quinta história; Encarnação involuntária; Duas histórias a meu modo; O primeiro beijo.
Os textos de Clarice Lispector em “Felicidade Clandestina” possuem temas como infância, adolescência, família, amor, e questões da alma. Muitos deles são considerados autobiográficos e trazem passagens que realmente aconteceram na vida da autora. Como é comum de algumas de suas obras, ela faz uma análise psicológica, uma espécie de avaliação autoanálise. Muitas das narrativas não possuem um fluxo sequencial e funcionam como divagações de pensamentos dos personagens. A epifania, associação de ideias e revelações súbitas são comuns na prosa.
Resumo dos primeiros contos:
“Felicidade Clandestina”, é uma crônica que leva o mesmo nome do livro, e narra a história em primeira de pessoa de uma menina e a experiência com seu primeiro livro. O livro pertence a uma garota má, que sempre encontra uma desculpa para não emprestá-lo. Um dia a