Análise do Artigo Científico

Artigo: Lápis vermelho é de mulherzinha: Desenho infantil, relações de gênero e crianças pequenas.

O artigo analisado é o resultado da dissertação de mestrado apresentado à Faculdade de Educação da Unicamp pela professora de educação infantil Márcia Gobbi, onde a mesma tenta identificar relações de gênero em meninos e meninas partindo do princípio de que desenhos produzidos na infância são documentos onde se pode basear o conhecimento da realidade vivida, perceber e conjugar relações de gênero a duas linguagens: desenho e oralidade, extraindo as informações necessárias através de entrevistas semi dirigidas com seus pais, mães, e responsáveis.
A articulista tem como objetivo, tratar os desenhos infantis como fontes inesgotáveis de conhecimento sobre o ambiente e relações familiares que o individuo mantêm. Baseando-se em pesquisas, ela relata a possibilidade da existência de um desenho totalmente espontâneo, isento de influências familiares e principalmente do espaço escolar: “A maioria delas [das crianças] se expressa livremente e de forma original, quando não sofre inibição provocada pela interferência dos adultos”, pois existem influências significantes da parte de pais e professores que desejam influenciar seus filhos e alunos, tanto no que desenhar, quanto na cor que irão utilizar, permitindo então que estes desenvolvam o preconceito as cores, que pelo contrário deveriam ser tratadas de forma natural e aceitas por todos. Outra consideração importante citada por ela é que não devemos comparar o desenho de uma criança à arte adulta, pois poderia incorrer o risco de considerá-los como fracassos ou treinos pra que se chegue aos resultados obtidos pelos adultos.
A professora prossegue ressaltando a idéia de que existem diversas diferenças entre desenhos de meninos e meninas que vai além da mensagem detectada, e isso inclui também as formas e cores que se utilizam, observa-se que vivendo no mesmo ambiente eles possuem olhares diferentes expressando então,