Análise didática e reflexiva do conto “luz em resistência” de adélia prado: o diálogo com deus
2244 palavras
9 páginas
ANÁLISE DIDÁTICA E REFLEXIVA DO CONTO “LUZ EM RESISTÊNCIA” DE ADÉLIA PRADO: O DIÁLOGO COM DEUSLaysa Cavalcante Costa
Introdução
Ao analisar o conto “luz em Resistência” a autora projeta o leitor para um universo de múltiplos significados, imagens diversas sobre uma época, lugares e principalmente costumes que atualmente podem ser observados e analisados mediante uma ótica mais critica e diversificada.
A proposta que se estabelece ao desenvolver este artigo recai sobre a posição do leitor dentro do processo criativo que é a realização de um texto literário. Apresenta-se, portanto um leitor particularmente ativo, capaz de transpor nas linhas do texto literário sua interpretação mais ousada e mais fiel diante daquilo que vê e vivencia no contato com a obra literária. A tentativa é de explanar a comunicação e interação que se pode observar entre leitor e texto, evidenciando que um dependerá sumariamente do outro a partir do momento que se estabelece uma relação de diálogo, em que as lacunas inseridas no texto não serão apenas preenchidas pelo leitor mais sim criadas por ele.
Como base para essa abordagem teórica, lança-se mão de teóricas e opiniões que se firmaram através da perspectiva de que o leitor não é coadjuvante no processo literário, mas, sobretudo criador e criativo. O artigo propõe que os alunos do ensino médio consigam compreender a importância de suas interpretações para construção do texto, reafirmando o posicionamento que eles podem e devem adquirir ao lerem e analisarem a obra literária.
A leitura como processo de significação
A Leitura além de ser vista como elemento essencial para que o ser humano efetive relações estabelecidas com o meio no qual está inserido, deve ser observada mediante aspectos sociais, culturais e históricos. Com a prática da leitura o sujeito é capaz de transpor para o seu mundo, significados múltiplos que contribuem para a construção de interpretações. Segundo Chartier (1998) a prática de leitura pode ser