Análise de "O Enfermeiro" de Machado de Assis
Um dos contos mais famosos do ilustríssimo autor brasileiro, Machado de Assis. Em “O Enfermeiro” veremos um diálogo entre o protagonista com sua própria consciência. Uma imerção na natureza e fragilidade humana.
Tais características não são novidades trazidas por essa obra. O autor já vinha utilizando essas técnicas em outras obras. Um narrador personagem que, de certo modo, interfere na sua propria narrativa, um tom pessimista e irônico. São algumas das características trazidas ao romance por Machado de Assis que podemos identificar nesse conto.
A história conta um caso acontecido com Procópio, um teólogo de Niterói que por oportunidade veio a se tornar enfermeiro de um coronel do interior. Esse coronel, de nome Felisberto, sofria de terríveis enfermidades. Era tido como um homem ruim por muitos, e sua doença piorou seu estado de humor. Ele ofendia e agredia Procópio de todas as manerias possíveis, mas por insistência de outros e do próprio coronel, Procópio continou seus serviços. Até que um dia não aguentou, e depois de sofrer uma agressão, revidou encerrando a vida do doente.
Aí a narrativa ganha um outro rumo. Procópio esconde o crime, mas passa a ser atormentado pela culpa, o que o coloca em certo estado de depressão. Até que descobre que o finado coronel lhe deixou toda sua riqueza. Isso começa a virar a cabeça dele. Ele inicialmente diz que irá doar tudo para se redimir pelo que fez. Mas quando se vê na posse de toda a fortunda, seus pensamentos já não são os mesmo nobres de antes.
OBRA E AUTOR
Machado de Assis é, por muitos considerado, o maior escritor brasileiro de todos os tempos. Nascido em 1839, veio a publicar seu primeiro trabalho aos 16 anos, um poema chamado “Ela” na extinta revista Marmote fluminense.
Depois revisor em muitos jornais, no qual veio fazer amizade com nomes que viriam a ser renomados na literatura brasileira, como José de Alencar e Gonçalves Dias. Após várias poesias, em 1864 consegue publicar seu primeiro livro,