Análise de "A Escrava Isaura"
1. Análise do enredo
Escrito em plena campanha abolicionista (1875), o livro conta as desventuras de Isaura, escrava branca e educada, de caráter nobre, vítima de um senhor devasso e cruel. Em A escrava Isaura, Bernardo Guimarães se une aos abolicionistas do Brasil e dá voz ao drama dos escravos. O livro não deixa de apresentar, porém, uma das características mais marcantes do escritor: a linguagem simples, de contador de casos, em que se revela o cotidiano das províncias brasileiras do século XIX.
A escrava Isaura é um romance romântico com pretensões abolicionistas. Apresenta uma seqüência de peripécias ao estilo dos folhetins da época, recheado de personagens unidimensionais (o bom é sempre bom e o mau é sempre mau). A personagem central é Isaura, uma escrava branca dotada dos melhores sentimentos, pura de coração e com uma "educação como não tiveram muitas ricas e ilustres damas". No entanto, sofre as terríveis perseguições de Leôncio, seu senhor e homem tocado pelos piores vícios.
2. Análise do tempo
A história se passa na 2ª metade do século XIX exatamente na campanha abolicionista. Trata-se de um romance de tempo cronológico, como se pode ver no seguinte trecho: “Era por uma linda e calmosa tarde de outubro.”
O autor localiza a narrativa em uma temporalidade histórica: "Era nos primeiros anos do reinado do Sr. D. Pedro II".
3. Análise do espaço
O relato ocorre no município de Campos dos Goytacases (Rio de Janeiro) e na cidade de Recife (Pernambuco). O narrador descreve a fazenda situada à margem do rio Paraíba, a pouca distância da vila de campos. O olhar do narrador põe a arquitetura da fazenda, tendo como centro do palco a casa-grande e as senzalas. O autor demonstra sua preocupação com a paisagem tanto interna como externa, pois ele descreve o entorno da fazenda e também o interior dela.
4. Análise dos personagens
Os personagens principais são:
Isaura: Aspecto de anjo, comportamento de escrava ‐ Isaura é, do principio